A COISA
Na boca murcha
a saliva espessa
se avoluma.
A coisa cospe.
Os olhos de rapina
esmiuçam, prescrutando
as nuvens.
Coça os bagos
distraidamente.
Um torvelinho
levanta a poeira
vermelha.
O coração acelera
no corpo esquálido
enquanto nuvens
pesadas dançam no
céu.
A esperança reacende
o fiapo de vida.
Um homem sorri.
Núbia, cada vez melhor!
ResponderExcluir