Portava inúmeros males,
mal dava o passo, pouco enxergava, nem sempre falava coisa com coisa, não saia
mais de casa, passava o dia dormindo na cama ou se debatendo no sofá. Ingeria
26 comprimidos diariamente. Sobrevivia. Não reclamava de nada. Ao contrário,
nutria um orgulho e uma gratidão:
-- Tenho estômago de
aço. Quantos conseguiriam tomar tanto remédio como eu tomo? Deus é pai, filho.
Nosso homem de fé tem, deveras, um estômago de camelo. Tem muita gente como ele....Quincas Francisco Junior.
ResponderExcluirDizem que o Zé Serra adora um remedinho...rsrsrsr
Valeu, Pernambuco.
ExcluirUm texto bonito e bastante real, Orlando Silveira! A vida é um dom tão precioso, que, mesmo dependendo da ingestão diária de vários remédios para sobreviver, a pessoa não perde a fé. O "estômago de aço", no caso, tornou-se um lenitivo para o sofrimento. Um abraço.
ResponderExcluirVerdade, Violante: ele não reclama de nada. E ainda faz planos, maluquinhos, mas faz.
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