sexta-feira, 3 de outubro de 2014

RAPIDÍSSIMAS (XXIV)


BOA NOITE, CINDERELA

Mirou o espelho. Sorriu o sorriso desdentado. Jurou de pés juntos, sem saber por que se jura de pés juntos. Prometeu fazer a barba, tratar os cacos em forma de dentes – e aparar os cabelos desgrenhados. Foi dormir o sono que nunca vinha.

QUERIDOS:

-- Não me julguem pelo destempero de ontem. Seria injusto. Vocês teriam toda razão. E razão vocês não têm.  O destempero de ontem não é de ontem. É de 15 anos.

E AGORA, ALFREDO?

-- Oi, querida. Estava me sentindo muito só aqui na praia, só escrevendo, sem você, sem ninguém pra conversar. Dias tristes. Boa coisa você chegar, tão linda, cheirosa. Mas, Cacilda Becker, tinha que trazer sua mãe?

AMÉLIA

Maltide, minha Amélia de verdade, o que seria de mim sem teu frescor?

SEM LERO-LERO

Mulher boa é a que te bota assanhado.


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