sábado, 4 de outubro de 2014

ClÓVIS CAMPÊLO

TODOS OS TONS DA ALEGRIA



Quais as cores da alegria? Sempre achei que a alegria tinha tons quentes como o amarelo, o laranja e o vermelho. Talvez, influenciado pelas cores do carnaval do Recife e Olinda. Talvez influenciado pelas cores que predominam nas prateleiras dos supermercados modernos. Não existe algo mais alegre e fútil do que consumir e brincar o carnaval.

Existem estudos, aliás, comprovando que as cores quentes nas prateleiras dos supermercados, como o amarelo e o vermelho, aceleram o batimento cardíaco e estimulam a produção de endorfinas, aumentando a sensação de felicidade. No final, estimulado, o consumidor termina comprando mais do que necessita.

Não é a toa, portanto, que exista um tratamento baseado no uso das cores. É a chamada cromoterapia, que já existia no Antigo Egito mas que só chegou ao ocidente no século XIX. Hoje, embora criticada por alguns setores da comunidade científica internacional, a cromoterapia se mantém como forma alternativa e complementar para se recuperar ou manter a saúde física e mental das pessoas. As sete cores usadas, em muitos casos, estão diretamente ligadas chakras, que são considerados campos de energia com influência nos nossos corpos e emoções.

Assim, o vermelho pode despertar a sensualidade e o erotismo. Mas, em excesso, pode provocar ansiedade e nervosismo. Segundo os cromoterapêutas, a cor vermelha ativa a circulação (será por esse motivo que os portadores de erisipela costumam amarrar uma fita vermelha na perna?) e estimula o sistema nervoso. O vermelho estaria ainda ligado ao chakra básico, que está localizado no baixo ventre e comanda a coluna vertebral.

CLÓVIS CAMPÊLO

O laranja, é uma cor alegre e antidepressiva, que rejuvenesce e melhora o metabolismo e o sistema digestivo. Seu uso incorreto ou excessivo, pode elevar a pressão arterial. Corresponde ao chakra umbilical, que comanda os estímulos sexuais.
Para finalizar, entre os tons da felicidade por mim imaginada, temos o amarelo, que influencia o dinamismo e a capacidade de expressão do ser humano. Está ligada ao chacra do plexo solar, que rege o estômago e estimula o poder pessoal e a satisfação.

Dentro dessa ótica, talvez faça sentido vivermos em um planeta com uma atmosfera onde o oxigênio que respiramos, correspondente a aproximadamente 21% dessa composição, ajude a definir a sua coloração azul. Vivêssemos no vermelho de Marte e não teríamos a paz e a serenidade que o azul terrestre nos proporciona. Teríamos um mundo guerreiro e poluidor, com uma população envolvida em guerras inúteis e fraticidas por motivos fúteis e desabonadores. A fraternidade não existiria e o homem alimentaria o direito de explorar outros homens em nome do dinheiro e da riqueza.

Ainda bem, amigos, que não é isso o que nos acontece!

Recife, outubro 2014


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