A
MORTE DOS POETAS
Foi
no dia de hoje, dia 13 de outubro, em anos distintos, que faleceram os poetas
pernambucanos Manuel Bandeira e Alberto da Cunha Melo. O primeiro, no Rio de
Janeiro, em 1968, e o segundo, no Recife, em 2007.
Segundo
a Wikipédia, considera-se que Bandeira faça parte da geração de 1922 da
literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos, o abre-alas da Semana
de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo
Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Clarice Lispector e Joaquim Nabuco, entre
outros, representa o melhor da produção literária do estado de Pernambuco.
Segundo
a mesma Wikipédia, Alberto da Cunha Melo, que era neto e filho de poetas,
lançou o seu primeiro livro em 1966, quando o historiador Tadeu Rocha batizou
de Geração 65 o grupo de poetas surgidos nas páginas do jornal Diário de
Pernambuco.
Manuel
Bandeira nasceu no Recife, em 1886, falecendo aos 82 anos, na Cidade
Maravilhosa, em consequência de uma hemorragia gástrica. Foi sepultado no
túmulo 15 do mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no cemitério São João
Batista, no Rio.
CLÓVIS CAMPÊLO |
Alberto
da Cunha Melo, nasceu em Jaboatão dos Guararapes, em 1942, e faleceu no Recife,
em 2007, após um transplante mal sucedido de fígado, em consequência de uma
cirrose hepática. Seus restos mortais foram enterrados no Cemitério Morada da
Paz, na cidade do Paulista, na região metropolitana do Recife.
Segundo
os seus estudiosos, Bandeira foi o mais lírico dos poetas, embora possuísse um
estilo simples e direto. Abordou temáticas cotidianas e universais, lidando com
formas e inspiração que a tradição acadêmica da época considerava vulgares. Com
uma farta produção literária em vida, foi eleito para a cadeira 24 da Academia
Brasileira de Letras em 29 de agosto de 1940.
Alberto
da Cunha Melo ocupou a cadeira 60 da Academia de Letras e Artes do Nordeste. A
sua produção poética individual também foi intensa, além de participar de
diversas antologias brasileiras e estrangeiras. Tinha um rigor excessivo na
utilização poética adequada das palavras, na construção frasal e no
desenvolvimento dos seus poemas.
No
que tange às questões temáticas, apenas em Bandeira a cidade do Recife se faz
presente, na forma de lembranças e reminiscências da sua infância, notadamente
a casa do seu avô materno, Antônio José da Costa Ribeiro, onde hoje funciona o
Espaço Pasárgada, mencionada no poema Invocação do Mal.
Muito
mais objetivo em seus textos, Alberto da Cunha Melo não se perde em divagações
ou reminiscências, questionando incansavelmente o sentido da vida, da morte e
das contradições e angústias do ser humano.
Recife, outubro de
2014
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