OUTUBRO
NÚBIA NONATO |
Visito a menina que há
em mim,
abro portas, escancaro
janelas.
Busco na menina que há
em mim
lembranças perdidas,
escondidas
em pequenos baús sem
lacres.
Procuro na menina que
há em mim
aquele sorriso fácil, o
olhar inocente
de quem não enxergava
no outro
sombras distorcidas de
uma alma
que já não sabia
perdoar.
Corro para os braços da
menina que
há em mim e espanto-lhe
o banzo.
Brinco com seus cabelos
cacheados
me perdendo em seu
jeito moreno.
Suspiro comprido
derramando
no tempo saudades de
mim...
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