Diário de Pernambuco |
Sei que muitos me tomam por alienado. Danem-se. Já gostei muito de
política. Hoje, não. Tenho motivos. Todo mundo os têm. Nunca deixei de votar.
Nem deixarei. Ainda que eu seja radicalmente contra a legislação escrota, feita
e mantida pelos escrotos de sempre, que me obrigam a votar. Os canalhas
transformaram um direito de todos, mais que legítimo, em obrigação.
Tenho lado. Voto 45 para
presidente, sem entusiasmo. Mas não me convidem para assinar manifestos,
engrossar passeatas, cair no conto do vigário que só os outros são bandidos e
incompetentes. A merda é geral, ainda que uns cheirem mais que outros. Que lástima!
Prefiro cuidar de conversas de bar, bate-papo de ônibus, do cachorro que
perdi, das contas a pagar, do pai doente, das coisas miúdas – das quais a vida
é feita. A vida vale mais que uma opinião, um interesse partidário/pecuniário travestido
de falsa paixão.
Abraço a todos.
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