terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

QUASE HISTÓRIAS

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OS FILHOS DE MARIA

A mãe não tem, nunca teve, do que se queixar. De temperamentos distintos, os filhos sempre foram responsáveis, estudiosos, trabalhadores, sérios – e o que é melhor: são alegres, estão em paz com a bendita da vida.

Hoje, embora ainda jovens, já começam a colher os frutos de sua dedicação. Não são ricos, mas ganham bem, viajam, compram boas roupas e calçados. Maria sente-se gratificada, até porque não há dia em que eles não entrem em contato com ela, para saber se está tudo bem e para cobri-la de beijos, ainda que à distância. Concursados, continuam comprando livros, fazendo cursos e estudando muito. Sabem que progredir profissionalmente é difícil, sobretudo para quem não nasceu em berço esplêndido nem conta com padrinhos influentes.

Maria é puro contentamento. Apenas um único tipo de comentário, recorrente, tira Maria do sério: “Nossa, seus filhos dão uma sorte em concursos. Nunca vi nada igual!”

-- Eles trabalham e estudam muito, sem descontinuar. Merecem. Sorte mesmo quem deu fui eu, por tê-los como filhos. (OS)




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