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OS FILHOS DE MARIA
A mãe não tem, nunca teve, do que se queixar. De
temperamentos distintos, os filhos sempre foram responsáveis, estudiosos,
trabalhadores, sérios – e o que é melhor: são alegres, estão em paz com a bendita
da vida.
Hoje, embora ainda jovens, já começam a colher os frutos de sua
dedicação. Não são ricos, mas ganham bem, viajam, compram boas roupas e
calçados. Maria sente-se gratificada, até porque não há dia em que eles não
entrem em contato com ela, para saber se está tudo bem e para cobri-la de
beijos, ainda que à distância. Concursados, continuam comprando livros, fazendo
cursos e estudando muito. Sabem que progredir profissionalmente é difícil,
sobretudo para quem não nasceu em berço esplêndido nem conta com padrinhos
influentes.
Maria é puro contentamento. Apenas um único tipo de comentário,
recorrente, tira Maria do sério: “Nossa, seus filhos dão uma sorte em
concursos. Nunca vi nada igual!”
-- Eles trabalham e estudam muito, sem descontinuar. Merecem. Sorte
mesmo quem deu fui eu, por tê-los como filhos. (OS)
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