quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O CANTO DE VÓLIA

FOTO: MARIA FERNANDA


ABISMO DE SILÊNCIOS

Conheço uma história
Que não teve começo.
Surgiu assim, do nada.
Surgiu de um sorriso
Na madrugada,
Mas não sei onde,
Nem como definir
O seu início.

E tal como aconteceu,
Na rapidez do vento
Desapareceu.
E deixou-me no peito
Um buraco. Um vazio.
Um abismo de silêncios.

Eu bem que quis mudar
E gritei forte o teu nome.
E cantei alto o meu amor
Por ti.
Mas não me ouviste a voz.

Porque o vácuo deixado
Pelo teu desprezo,
Tua defecção.
Não permitiu que a minha poesia
Chegasse aos teus ouvidos.

E tudo se perdeu e afundou
Em um revolto mar de por quês.
Onde o barco da minha vida vaga
A quase naufragar.

Só me resta uma esperança,
Que depois da tempestade,
Venha à calmaria,
E brisa leve me dirija
A uma ilha, um porto seguro.

E eu possa juntar o que sobrou
E construir uma cabana,
Com os sonhos e as esperanças,
Esperando que essa história ,

Tenha um fim.



Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 


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