DE
BRAÇOS COM A POESIA
Por
vezes te inquietas,
Quando
meu olhar se alonga,
E
se perde no horizonte
A
sonhar...
Por
certo, ficas a imaginar,
O
que andarei a sonhar,
Por
onde andará meu coração,
Quando
de ti o meu olhar se aparta,
E
se perde na amplidão.
Não
temas, porém,
Eu
te asseguro,
É
que, bastas vezes,
Minha
alma precisa voar,
Em
busca do sonho puro.
Eu
assim sou, como o vento,
Necessito
do espaço,
Careço
de voar,
Só
assim minha alma sabe sonhar.
Não
te aflijas, portanto,
Tentando
me conter,
Quando
a poesia me chama,
Nada
há que possa me deter.
A
ela eu me entrego,
E
como areia ao vento,
Das
mãos de quem ousa me deter,
Eu
escorrego.
E
de mãos dadas com a poesia,
Sigo
ao sabor do vento,
Nas
horas de nostalgia.
E
assim vivo o meu momento.
Sou
assim: etérea,
Porém,
finda a madrugada,
Chegando
a aurora,
Estarei
em teus braços, sem demora.
E
te serei fiel e companheira,
Jurar-te-ei
amor a vida inteira,
Mas
quando chegar a madrugada,
E
com ela, a nostalgia,
Novamente,
lá vou eu, sonhar,
De
braços dados com a minha poesia.
26/01/2015
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica..
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
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