sábado, 1 de fevereiro de 2014

MINICRÔNICAS: POLÍTICA

VÁ PRA LÁ, COMPANHEIRO!

Todo militante profissional é um chato incurável. E por duas razões, ao menos:

1ª – Não admite que ninguém tenha opinião diferente da sua, que, a bem da verdade, nem sua é. É de quem garante sua sobrevivência, em geral com dinheiro público.

2ª – Quer que os outros estejam permanentemente mobilizados contra isso ou a favor daquilo por amor à causa. Justamente o que ele não se digna a fazer. É uma mala, mas não é tolo. Sem uma verbinha, não vai à luta.


PERGUNTAR NÃO OFENDE

pt.dreamstime.com 

O repórter novato foi direto ao ponto, jamais voltava para a redação sem as respostas de que precisava:

- Deputado, se sua mãe nunca foi puta, com o senhor garante, a quem o senhor puxou?


EXCELÊNCIAS

Sua Excelência resolve interromper o líder do governo, que enaltecia o chefe do Executivo.
-- Vossa Excelência me daria um aparte? Serei breve.
-- Concedo-lhe o aparte com todo prazer. Tem Vossa Excelência a palavra.
-- Quando é que nós, do baixo clero, vamos receber nossa “parte”? Obrigado pelo aparte.


PACTO DE MEDIOCRIDADE



www.mdig.com.br 

Botem reparo. No final de cada semestre, às vésperas do recesso, as cenas se repetem nas casas legislativas. Parlamentares se apressam em aprovar projetos de sua autoria (em geral, um projeto de cada um deles) para dar, digamos assim, uma satisfação à sociedade, na linha do “estão vendo como a gente trabalha”. Não deveriam se sobrecarregar tanto. A maioria das propostas é de uma inutilidade acachapante, abaixo da pior suspeita.

Mas isso não ocorre por acaso. É fruto de um pacto de mediocridade firmado (mas não escrito) entre eles, segundo o qual ninguém vai colocar azeitona na empada de ninguém. Ou seja: o destino dos melhores projetos é o arquivo morto.






Nenhum comentário:

Postar um comentário