Calma, gente: não acho isso, não. Quem achava isso
era avó do Dias, amigo do peito do pai, morta 500 anos atrás. A velha senhora
morava no Rio com a filha mais velha. A TV engatinhava. E o SS já era “coisa
nossa, aos domingos”. Como o macarrão, a galinha e o pêssego em caldas.
A velha senhora, como toda velha senhora, ia aonde
lhe levavam. A filha, às vezes, vinha a São Paulo ver os irmãos. E trazia a
velha senhora, evidentemente. E aí começava o problema. Aqui, como lá, aos
domingos, o ritual se repetia: macarrão, frango, tubaína, pêssego em caldas e
“SS vem aí”...
A velha senhora não se continha. E alertava a filha:
-- Estique a saia, menina. O tarado não tira os
olhos de suas pernas. A gente sai do Rio, vem pra São Paulo, mas ele não
desgruda de suas partes baixas. Vagabundo. Do Baú não compro nada.
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