Botem reparo. No final de cada semestre, às vésperas
do recesso, as cenas se repetem nas casas legislativas. Parlamentares se
apressam em aprovar projetos de sua autoria (em geral, um projeto de cada um
deles) para dar, digamos assim, uma satisfação à sociedade, na linha do “estão
vendo como a gente trabalha”. Não deveriam se sobrecarregar tanto. A maioria
das propostas é de uma inutilidade acachapante, abaixo da pior suspeita.
Mas isso não ocorre por acaso. É fruto de um pacto
de mediocridade firmado (mas não escrito) entre eles, segundo o qual ninguém
vai colocar azeitona na empada de ninguém. Ou seja: o destino dos melhores
projetos é o arquivo morto.
Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara |
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