14h30. Domingo. Mafalda estava amuada que só. De ciúmes. E o Velho
Marinheiro, tocado por três ucas e duas cervejas, nada mais que isso, entrou
livre, leve e solto em casa. De volta do aniversário do amigo, grande Santos,
que fazia 70 anos naquele dia da graça de Nosso Jesus Cristo. E foi direto ao
assunto:
-- Mafalda, o que temos pra comer?
-- Você não comeu feijoada, no bar da Bendita?
-- Benedita, Mafalda. Comi. Mas sou educado. Peguei prato pequeno. Na
casa dos outros não repito. Você sabe. Tenho fome.
-- Quem estava lá? – quis saber Mafalda, mais desconfiada que detetive
de classificados.
-- Todo mundo, ora.
-- Ela estava lá?
-- Ela quem, mulher de Deus?
-- Deolinda.
-- Deolinda estava sim.
-- E daí?
-- Suas nádegas foram atração da festa. Não minto. O aniversariante
passou quase batido.
-- Velho safado.
-- Safado por quê? Só admirei. Como os outros. (setembro/2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário