quarta-feira, 22 de novembro de 2017

POLÍTICA/OPINIÃO: JOSIAS DE SOUZA

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 SEM PRISÃO EM 2ª INSTÂNCIA,
FIM DO FORO PRIVILEGIADO
SERÁ PRESENTE DE GREGO

Convém adiar os fogos e manter a vigilância. 
Quem acreditar piamente nas boas intenções
 de todos os ministros
do Supremo depois não vai poder piar

Por Josias de Souza
https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/
22/11/2017 | 20:56

Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal conclui o julgamento sobre a restrição à abrangência do foro privilegiado. Há chances reais de prevalecer a tese de que parlamentares e ministros só devem ser julgados na Suprema Corte por crimes cometidos durante e em razão do exercício dos mandatos e dos cargos públicos. Com isso, 90% dos processos envolvendo políticos desceriam para a primeira instância do Judiciário, onde são julgados os criminosos comuns.

A novidade, se confirmada, será recebida com festa. A extinção de um privilégio que transforma os políticos numa casta impune não é pouca coisa. Mas convém adiar a celebração. Trama-se no Supremo um movimento que pode anular os efeitos do fim do foro privilegiado. Os ministros cogitam alterar a jurisprudência que abriu as portas das cadeias para os condenados em primeira e segunda instância.

Nessa hipótese, aconteceria o seguinte: os larápios da Lava Jato desceriam do Éden do Supremo para o inferno das Varas comandadas por juízes como Sergio Moro, em Curitiba, e Marcelo Bretas, no Rio. Ali, receberiam condenações duras. Mas poderiam recorrer em liberdade, como antes. Os processos se arrastariam por anos a fio. Muitos virariam pizza no forno da prescrição. Por isso, convém adiar os fogos e manter a vigilância. Quem acreditar piamente nas boas intenções de todos os ministros do Supremo depois não vai poder piar. 




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