quinta-feira, 23 de novembro de 2017

CHÁ DAS CINCO: CLARICE LISPECTOR



Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, 
resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. 
Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, 
o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, 
melhor será desistirmos e procurar mais adiante
 os sentimentos que nos negaram. 
Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, 
ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. 
Às vezes, é inútil esforçar-se demais, 
nada se consegue;outras vezes, 
nada damos e o amor se rende aos nossos pés. 
Os sentimentos são sempre uma surpresa. 
Nunca foram uma caridade mendigada, 
uma compaixão ou um favor concedido. 
Quase sempre amamos a quem nos ama mal, 
e desprezamos quem melhor nos quer. 
Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, 
e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.

***

Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.

***

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência
 e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.


Um comentário:

  1. Jorge Macedo escreveu: E para honra de Pernambuco, meu nobre jornalista Orlando Silveira, alguns dados biográficos desta extraordinária intelectual. ( Google) ".... foi uma escritora e jornalista nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira. Quanto à sua brasilidade, Clarice declarava-se pernambucana. ....Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade de Recife, onde passou parte da infância no bairro de Boa Vista. Estudou no Ginásio Pernambucano de 1932 a 1934. Falava vários idiomas, entre eles o francês e o inglês....." Abraços!

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