quarta-feira, 9 de novembro de 2016

INSTANTES: ANA ANDRADE

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ACREDITEI



Acreditei

nas palavras tênues...

acordes colados

no meu corpo,

reacendendo emoções,

insidiosamente

amadurecidas pelos silêncios,

condenados

à solidão dos dias.



Acreditei

num poema

que espreitava

do alto dos telhados,

gestos vedados

eternidade consentida,

amando-te

até (des)falecer

nos braços da madrugada.



Acreditei

que as estrelas

nunca se apagavam!...

...e que um dia

a tua boca atrevida,

verteria

sobre o meu seio,

um verso de ternura.



Acreditei

e não pressenti,

que seria orvalho

nas escarpas sofridas da melancolia!


***



Temo:

não a morte,

que paira desde o meu nascimento,

mas sim a vida

sem repostas para as questões,

que atormentam o lado escuro de mim!



 (ANA ANDRADE)



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 O Velho Marinheiro foi logo deixando claro: 
"Não espero nada de ninguém. Se puder ajudar, ajudo. 
Se não puder, aviso: não posso fazer nada por você, 
vá procurar adjutório em outra freguesia.", 
por Orlando Silveira, em "O príncipe do samba-canção" 
 
http://orlandosilveira1956.blogspot.com.br/2016/11/ananias-o-principe-do-samba-cancao.html#comment-form

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