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O VELHO GARANHÃO
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Calma, Alfredo, calma.
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Calma? Uma ova! Quarenta dias tomando sopa diet, ingerindo gelatina e pudim
diet, comendo mato, só mato, nada mais que mato. Caminhando feito besta, todo
santo dia. Diurético, laxante, muito repolho. Pra quê? Pra quê?
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Você emagreceu muito, Alfredo.
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Qual o quê! Perdi massa muscular. Nada mais. Meus braços e rosto afinaram, sim.
A ponte móvel não para na boca. As pernas viraram meros gambitos. Sinto
fraqueza medonha. Dia desses, Isaura me convidou para tomar banho com ela. Não
fui. Ela se recusou a me carregar até o box. Que situação! Eu, velho garanhão,
numa sinuca dessas. A barriga é praticamente a mesma. Os peitos não
diminuíram um número. E o que é pior: continuam caindo, decadentes até não mais
poder. Não tenho a menor dúvida de que a mãe do nutricionista é mulher da vida,
sempre foi. Safados. (OS –
maio 2016)
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