quarta-feira, 4 de maio de 2016

QUASE HISTÓRIAS

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O VELHO GARANHÃO

-- Calma, Alfredo, calma.

-- Calma? Uma ova! Quarenta dias tomando sopa diet, ingerindo gelatina e pudim diet, comendo mato, só mato, nada mais que mato. Caminhando feito besta, todo santo dia. Diurético, laxante, muito repolho. Pra quê? Pra quê?

-- Você emagreceu muito, Alfredo.

-- Qual o quê! Perdi massa muscular. Nada mais. Meus braços e rosto afinaram, sim. A ponte móvel não para na boca. As pernas viraram meros gambitos. Sinto fraqueza medonha. Dia desses, Isaura me convidou para tomar banho com ela. Não fui. Ela se recusou a me carregar até o box. Que situação! Eu, velho garanhão, numa sinuca dessas. A barriga é praticamente a mesma. Os peitos não diminuíram um número. E o que é pior: continuam caindo, decadentes até não mais poder. Não tenho a menor dúvida de que a mãe do nutricionista é mulher da vida, sempre foi. Safados. (OS – maio 2016)

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