quarta-feira, 23 de outubro de 2013

SÍLVIO SANTOS: TARADO

Calma, gente: não acho isso, não. Quem achava isso era avó do Dias, amigo do peito do pai, morta 500 anos atrás. A velha senhora morava no Rio com a filha mais velha. A TV engatinhava. E o SS já era “coisa nossa, aos domingos”. Como o macarrão, a galinha e o pêssego em caldas.

A velha senhora, como toda velha senhora, ia aonde lhe levavam. A filha, às vezes, vinha a São Paulo ver os irmãos. E trazia a velha senhora, evidentemente. E aí começava o problema. Aqui, como lá, aos domingos, o ritual se repetia: macarrão, frango, tubaína, pêssego em caldas e “SS vem aí”...

A velha senhora não se continha. E alertava a filha:

-- Estique a saia, menina. O tarado não tira os olhos de suas pernas. A gente sai do Rio, vem pra São Paulo, mas ele não desgruda de suas partes baixas. Vagabundo. Do Baú não compro nada.  

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