segunda-feira, 28 de outubro de 2013

LÁ VEM A MAFALDA

O Velho Marinheiro estava que estava: insuportável, inquieto que só, pior que mulher da vida de olho no relógio, porque o rebento tem hora certa de mamar. Ou alguém acha que filho da p... não mama? É o que mais faz. Brasília prova que não minto. Aquele seu mutismo – do nosso Lobo do Mar – era mau sinal. Escarafunchava o dedão do pé com a fúria dos piores ventos em mar aberto. Ira à vista. 

-- Que foi? – quis saber Mafalda.

-- Foi nada, mulher.

-- Foi sim. Essa cara sua eu conheço. Há quarenta anos. Homem: diga. 

-- Então, lhe digo: Romualdo Bastos é um lixo. E a Deolinda, mulher à toa. O corpo do marido nem bem esfriou... E ela já está a exibir o corpanzil para aquele sujeito. Só faltou babar nas palavras cruzadas.

-- Quem? Com quem Deolinda se engraçou?

-- Surda: Romualdo Bastos. O das palavras cruzadas.

-- Pensei que o assanhamento de Deolinda fosse para Ananias.

-- Esse é mais que um coitado: é um jornalista injustiçado. Vou ajudar esse moço sair da depressão. É uma vítima da burrice que solapa Vila Invernada.

-- Tá com ciúmes de Deolinda?

-- Sabia. Lá vem você, lá vem a Mafalda com a conversa de sempre. Ciúme de quê? Nem ligo para aquelas nádegas fabulosas.



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http://orlandosilveira1956.blogspot.com.br/2013/09/as-nadegas-da-deolinda.html#comment-form

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