BOM
DIA, TRISTEZA
De
Vinicius de Moraes e Adoniran Barbosa
Bom dia, tristeza
Que tarde, tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando
Até meio triste
De estar tanto tempo
Longe de você
Se chegue, tristeza
Se sente comigo
Aqui, nesta mesa de bar
Beba do meu copo
Me dê o seu ombro
Que é para eu chorar
Chorar de tristeza
Tristeza de amar
***
Membro de uma rica e tradicional família do Espírito Santo, aos 18 anos Maysa (6/6/1936 São Paulo, SP – 22/1/1977 Rio de Janeiro, RJ) casou-se com André Matarazzo - um dos herdeiros da família Matarazzo (milionários industriais paulistas descendentes do Conde Matarazzo), 20 anos mais velho do que ela. O envolvimento com a música, no entanto, veio muito antes, pois desde a adolescência já gostava de cantar em festas familiares, compor algumas músicas (aos 12 anos compôs o samba-canção "Adeus"), além de tocar piano.
Em 1956, já grávida de seu único filho, Jayme (que se tornaria o diretor de telenovelas da Rede Globo e da Rede Manchete Jayme Monjardim), conheceu o produtor Roberto Côrte- Real que, encantado com sua voz, quis contratá-la imediatamente para gravar um disco. Maysa pediu então que ele esperasse o nascimento de seu filho. Quando este completou um ano de idade, a cantora gravou o primeiro disco, lançado a 20 /11/56 pela RGE, que então deixava de ser um estúdio de gravações de jingles publicitários para se tornar uma das mais importantes gravadoras brasileiras.
Depois de dois anos de casamento, Maysa e André Matarazzo, que se opunha à carreira artística da esposa, se separaram. O fim do casamento abalou profundamente a cantora, levando-a à depressão. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a se relacionar com a "turma da bossa nova". Namorou o produtor Ronaldo Bôscoli. A partir dessa época, começou a ter problemas com a bebida e a se envolver em casos amorosos explorados pela mídia. Conheceu seu segundo marido, o advogado espanhol Miguel Azanza, quando fazia uma temporada na Europa. Depois de se casar, fixou residência na Espanha. Separada de Azanza, teve relacionamento amoroso com o ator Carlos Alberto, e, depois, com o maestro Júlio Medaglia.
Em janeiro de 1977, faleceu em um trágico acidente de automóvel na ponte Rio - Niterói, aos 41 anos, quando se dirigia ao município de Maricá, onde tinha uma casa, plantada nas areias, ao lado das residências do ator Carlos Alberto e do crítico Ricardo Cravo Albin. Foi precisamente dirigindo-se à casa desse último que sofreu (numa manhã de Sábado ensolarada) o desastre de carro que a vitimou, quase ao chegar à antiga capital fluminense.
Fonte: dicionariompb.com.br
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