segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

CHARGES: DIRETO DA BESTA (2ª EDIÇÃO)


JORNAL DA BESTA FUBANA

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SPONHOLZ – JBF



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AMARILDO – A GAZETA (ES)




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SPONHOLZ – JBF


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PATER – A TRIBUNA (ES)




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NICOLIELO – JORNAL DE BAURU


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M. AURÉLIO – ZERO HORA (RS)



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RONALDO – JORNAL DO COMMERCIO (PE)

HORA DA VITROLA: CARTOLA

AS ROSAS NÃO FALAM
De Cartola
Na interpretação de Alcione



Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai...

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhar os meus sonhos
por fim



O SOL NASCERÁ
De Cartola
Na interpretação de Beth Carvalho




A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida

Finda a tempestade
O sol nascerá
Finda esta saudade
Hei de ter outro alguém para amar

A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida

RAPIDÍSSIMAS


DESAFIO

Ser só, às vezes, independe de nossa vontade. Aprender a só ser - tarefa pra lá de árdua - é com a gente mesmo, com mais ninguém.

BEATO

-- Embora fosse de pouco pecar, jamais deixou de se penitenciar. 

O PAVÃO

-- Melhor ser vaiado que não ter plateia.

A QUEIXA

-- Eu falei pra ele: quem come a carne rói o osso. Sabe o que ele me disse? Que eu só faço acumular mais carne. Maldito.

AINDA BEM

-- Etelvina: se todos fossem iguais a você, que inferno viver. 




2 + 2 = ?

Alguém já disse com sabedoria: os números não mentem. Infelizmente, não se pode dizer a mesma coisa de quem os produzem e interpretam.

DOSE DUPLA

-- Todo mundo rouba, Mané, não se iluda.
-- Só que alguns, além de ladrões, são incompetentes, Joaquim.

 DE PRIMEIRA

-- Carlinhos: que bom! Soube que você parou de beber. Como você se sente?
-- Sóbrio. O que é uma lástima num mundo como o nosso.

VEM, NÃO

A Política não obriga ninguém a ser desonesto.

PERIGO

Quem só vive em bando é uma bomba relógio sem ponteiro.







CHÁ DAS CINCO: VINÍCIUS DE MORAES

SONETO DA SEPARAÇÃO

http://pt.wikipedia.org/

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.



CHARGES: DIRETO DA "BESTA"




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SINFRÔNIO – DIÁRIO DO NORDESTE (CE)




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CLAYTON – O POVO (CE)



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SPONHOLZ – JBF




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                                                            GILSON – CHARGE ONLINE





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LUSCAR – CHARGE ONLINE



iotti
IOTTI – ZERO HORA (RS)





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ZOP – CHARGE ONLINE




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ALPINO – BLOG DO ALPINO

NO DIA DE SÃO NUNCA

Adicionar legenda
O Velho Marinheiro e Ananias aproveitaram a ausência dos freqüentadores barulhentos para colocar a prosa em dia. Os dois amigos trocaram ideias sobre os mais variados assuntos – de política a futebol, passando pela crise hídrica, disparada da inflação, as curvas da Deolinda e as expectativas em relação ao desempenho da escola de samba do bairro. Além deles, apenas Carneiro – o dono do boteco, sempre a conferir contas a pagar e o caderno de fiados. Operação que fecha invariavelmente no vermelho.  

Ananias, sem querer, fez um comentário e mudou o rumo da conversa:

-- O senhor viu quem desviou de caminho, para não passar por aqui?

-- Não. Se eu estou de costas para a rua, como poderia ver?

-- O Toninho Veludo. Estava junto com o Jacó do Pandeiro. Faz tempo que eles não vêm aqui. Será que se chatearam com alguma coisa?

-- Qual o quê! O veado e o tocador de pandeiro são dois pilantras. Eles fogem porque devem para o pobre do Carneiro.

-- Mas dia desses eles estavam os dois, mais o Chico Gordo, tomando umas no boteco da rua debaixo.

-- Chico Gordo é outro safado, devedor contumaz. Estão sujos aqui? Vão fazer dívida em outro lugar. Ficaram sujos lá? Eles procuram nova vítima. É assim que vivem esses vagabundos. Pagam à vista nos primeiros dias, depois partem para a lambança. Quantos outros não têm aparecido por aqui, mas podem ser encontrados nos botecos da redondeza? Puxe pela memória.

-- Velho Marinheiro: não posso acreditar numa coisa dessas, eles devem estar sofrendo os efeitos da crise, sei lá.

-- Ananias: desde quando cachaça é prioridade? Na semana passada, eu vi Marreta negar ao neto um daqueles doces ordinários que Carneiro tem na vitrine. Disse ao menino que estava sem dinheiro. Mas ele continuou bebendo e devendo... Isso não é de hoje, não.

O Velho Marinheiro fez sinal para que Carneiro viesse à mesa, pediu cerveja e dois aperitivos e emendou a pergunta:

-- Carneiro: não precisa dizer valores, mas Toninho Veludo, Jacó do Pandeiro e Chico Gordo devem para você?

-- Devem e devem muito, há bastante tempo. Se fossem só eles...

-- Não entendo. Carneiro: você continua vendendo fiado para essa gente?

-- Ananias: para não fazer desgraça, a gente se ilude, faz de que conta que acredita que um dia eles pagarão. Mas esse dia nunca chega. A desgraça é que não sei fazer mais nada na vida, além de vender cachaça. (OS)  

O CANTO DE VÓLIA



ABRAÇA-ME

Vejo-me de ti tão distante...
E é a tua ausência responsável
Por essa sombra que trago no olhar.
Por que não te esqueço? Não sei explicar...

Busco-te o tempo inteiro,
Nas faces anônimas
Da multidão que passa,
E essa saudade deixa-me sem graça.

Pudesse eu te esquecer!
E apagar de mim os teus olhos,
Assim como a chuva apaga os rastros na areia!

Porém, se um dia eu te reencontrar,
E os teus olhos me acenarem uma nova ilusão.
A minha boca se abrirá em um sorriso
E te direi: Abraça-me, guarda-me de novo em teu coração.

(13/02/2016)

A ARTE DE SIMONE GRECCO




DIA DE CHUVA. 
MAS NINGUÉM DEIXA DE SAIR
(2012/2013)



















***



Formada pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1972)
 e com diversos cursos de especialização nos Estados Unidos, 
Simone Grecco é uma artista plástica, cuja obra a todos encanta. 
No Brasil e no exterior.

Para entrar em contato com Simone, 
mestre em esculturas em arame, acesse


domingo, 28 de fevereiro de 2016

CHARGES: DIRETO DA "BESTA" (2ª EDIÇÃO)

JORNAL DA BESTA FUBANA
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SPONHOLZ – JBF



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SPONHOLZ – JBF


AUTO_nicolielo
NICOLIELO – JORNAL DE BAURU





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LUSCAR – CHARGE ONLINE




duke
DUKE – O TEMPO (MG)


índios 2016
PASSOFUNDO – CHARGE ONLINE



CHÁ DAS CINCO: CHACAL


RECLAME

se o mundo não vai bem
a seus olhos, use lentes
...ou transforme o mundo.
ótica olho vivo
agradece a preferência.


BERMUDA LARGA

muitos lutam por uma causa justa
eu prefiro uma bermuda larga
só quero o que não me encha o saco
luto pelas pedras fora do sapato


PREZADO CIDADÃO

Colabore com a Lei
Colabore com a Light
mantenha luz própria.


RÁPIDO E RASTEIRO

Vai ter uma festa 
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar. 
 aí eu paro  tiro o sapato
e danço o resto da vida.


20 ANOS RECOLHIDOS

chegou a hora de amar desesperadamente
apaixonadamente
descontroladamente
chegou a hora de mudar o estilo
de mudar o vestido
chegou atrasada como um trem atrasado
mas que chega


BIOGRAFIA

Chacal (Ricardo de Carvalho Duarte) é poeta, letrista e agitador cultural. 
Nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de maio de 1951.

Entre 1972 e 1973, morou em Londres e Lisboa. 
Fez parte do grupo de poetas, músicos e artistas "Nuvem Cigana", 
com o qual montou diversos eventos de nome "Artimanhas", 
percorrendo circuitos alternativos e universidades na década de 1970.

Publicou vários livros de poesias e crônicas, entre eles: 
"Muito Prazer, Ricardo", 1971; "Preço da Passagem", 1972; "América", 1975; 
"Quampérius", 1977; "Olhos Vermelhos", 1979; "Nariz Anis", 1979; 
"Boca Roxa", 1979; "Expresso Voador e Tantas Coisas" (crônicas), 1982
 e "Drops de Abril", em 1983.

Em 1977, Chacal  formou-se em Comunicação pela UFRJ. 
No ano de 1978, foi co-autor da peça "Aquela Coisa Toda", 
com Asdrúbal Trouxe o Trombone. 
Em 1983, foi co-autor da peça "Recordações do Futuro", 
com o grupo Manhas e Manias

No ano de 1987, publicou o livro "Comício de Tudo", 
no qual reuniu poesias e crônicas publicadas em vários jornais, 
como Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e Correio Brasiliense.

Em 1996, editou a revista O Carioca, 
que trazia em seu conselho editorial Adriattigliani, Barrão, 
Fausto Fawcett e Waly Salomão. 


"VOCÊ TEIMA", DE CHACAL E LULU SANTOS


IMAGENS: DJANIRA

Djanira traz o Brasil em suas mãos, sua ciência é a do povo,
seu saber é esse do coração aberto à paisagem, à cor, ao perfume,
às alegrias, dores e esperanças dos brasileiros.
Sendo um dos grandes pintores de nossa terra,
ela é mais do que isso, é a própria terra,
o chão onde crescem as plantações, o terreiro da macumba,
 as máquinas de fiação, o homem resistindo à miséria.
Cada uma de sua telas é um pouco do Brasil.


(JORGE AMADO)