Segunda-feira.
O telefone toca, o coitado atende. Uma, duas, três vezes. Com a educação possível.
É a velha que não escuta querendo saber quanto custa para lavar o edredom.
(Perdão, senhora: aqui não é lavanderia.)
É o gerente querendo convencê-lo de que os juros cobrados pelo banco são excelentes.
(Obrigado, amigo, não quero empréstimo.)
É a moça do consórcio querendo lhe empurrar um carro,
é a senhora da creche pedindo ajuda, é, é...
O telefone toca, o coitado atende. Uma, duas, três vezes. Com a educação possível.
É a velha que não escuta querendo saber quanto custa para lavar o edredom.
(Perdão, senhora: aqui não é lavanderia.)
É o gerente querendo convencê-lo de que os juros cobrados pelo banco são excelentes.
(Obrigado, amigo, não quero empréstimo.)
É a moça do consórcio querendo lhe empurrar um carro,
é a senhora da creche pedindo ajuda, é, é...
É o mundo lhe torrando o saco.
Na décima quinta vez, não perguntou quem era, bateu
pesado:
- Vá pra puta que o pariu.
Era a mulher. De TPM.
Vai jejuar um mês.
OUTUBRO/2013
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