Desde sempre viveu de
favores.
No começo, afetava
constrangimento.
Coisa chata viver de
favores, como não?
Depois tomou gosto.
A conveniência
atropelou e enterrou o constrangimento.
A generosidade alheia
virou obrigação.
Hoje, dita regras.
Quer porque quer o seu,
que de seu nada tem.
Logo, logo pede uma boneca de pano de presente.
A filha da vizinha ganhou uma.
Ela também merece. Ou não?
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