segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O CANTO DE VÓLIA



DE BRAÇOS COM A POESIA

Por vezes te inquietas,
Quando meu olhar se alonga,
E se perde no horizonte
A sonhar...

Por certo, ficas a imaginar,
O que andarei a sonhar,
Por onde andará meu coração,
Quando de ti o meu olhar se aparta,
E se perde na amplidão.

Não temas, porém,
Eu te asseguro,
É que, bastas vezes,
Minha alma precisa voar,
Em busca do sonho puro.

Eu assim sou, como o vento,
Necessito do espaço,
Careço de voar,
Só assim minha alma sabe sonhar.

Não te aflijas, portanto,
Tentando me conter,
Quando a poesia me chama,
Nada há que possa me deter.

A ela eu me entrego,
E como areia ao vento,
Das mãos de quem ousa me deter,
Eu escorrego.

E de mãos dadas com a poesia,
Sigo ao sabor do vento,
Nas horas de nostalgia.
E assim vivo o meu momento.

Sou assim: etérea,
Porém, finda a madrugada,
Chegando a aurora,
Estarei em teus braços, sem demora.

E te serei fiel e companheira,
Jurar-te-ei amor a vida inteira,
Mas quando chegar a madrugada,
E com ela, a nostalgia,
Novamente, lá vou eu, sonhar,
De braços dados com a minha poesia.

26/01/2015



Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 



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