terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

NÚBIA NONATO

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ORELHA DE PAU

A chuvinha deu uma trégua, as plantas aproveitaram para dar uma espreguiçada.

Uahhhhh...eu poderia jurar que ouvi.

Calcei as galochas e resolvi me esticar também.
O chão forrado de amêndoas me fez cair de joelhos e em frente a um troco meio apodrecido, observei uma casinha diferente, colorida, toda desenhadinha de sulcos e bordas rendadas.

Não toquei logo de início por conta de uma peluda taturana que por ali passava.

Minha avó dizia que era casa de duende, que eles ali se abrigavam por causa das chuvas.

Tentei tocar de novo mas a taturana voltou. Fiquei desconfiada, será que ela era guardiã dos duendes?

Pedi-lhe desculpas e permissão para apenas apreciar.
A taturana se foi novamente.
Admirada e assustada me dei conta da minha reles existência e da grandiosidade da natureza e suas criaturas que seguem passo a
passo um manual que a minha cômoda ignorância insiste em ocultar.







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