segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

NEGRINHA ORDINÁRIA

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-- Quer saber, prima? Tolerei demais aquela negrinha ordinária. Imagine. Um dia peguei a safada no flagra, jantando com meu Juquinha, na mesma mesa. Parecia a patroa. Comia e ria. Não sei de quê.

-- Não sei onde você arruma tanta paciência.

-- Deixei pra lá. Para não chatear o rebento, que gosta do tipo, pode? Dias depois, ela menstruou. Pegou, sem pedir, um absorvente meu. Tudo bem. Ela me falou depois, no dia seguinte. E me devolveu o absorvente. Que joguei fora, claro. Mudei de marca.  

-- Não sei como você suporta uma coisa dessas.

-- Suportava. Mandei a negrinha ordinária embora. Descobri que ela punha as roupas dela junto com as nossas na máquina de lavar. Foi demais. Pode?

-- Que horror! Que nojo! Claro que não pode. (OS)



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