O QUE RESTA
Talvez
a privação de liberdade
talvez
o despojamento compulsório,
talvez
o que sobrou de dignidade.
A
casa, o jardim, a mesa farta
o
tédio do domingo desperdiçado
nas
janelas.
A
última briga, o último sorriso,
o
último suspiro de prazer.
Os
olhos opacos de fome
de
sede, de dor, esperam na
morte
o desatar dos grilhões
enquanto
o algoz dorme o sono
dos
justos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário