UMA
HISTÓRIA DE AMOR
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(POR VIOLANTE PIMENTEL) Genildo e Rosinha eram
namorados e se amavam loucamente. Era um amor desesperado. Uma paixão violenta,
que indicava casamento certo!
Aprovado em concurso público
para o serviço bancário, entre os primeiros colocados, Genildo foi nomeado para
trabalhar em Manaus (AM). Prometeu voltar para se casar com Rosinha, logo que
se organizasse financeiramente.
Nesse tempo, ainda não havia
ligações telefônicas interestaduais, telefone
celular, nem Internet. Ainda era a época das cartas postadas no Correio.
Houve um mar de lágrimas na
despedida do casal, muitas promessas e muitos planos para o futuro.
Com a partida de Genildo,
Rosinha, inconsolável, conheceu a imensa dor da saudade. Chorava diariamente,
mergulhada numa sofrência sem fim. Entretanto, cartas, desde então, foram
chegando...Muitas promessas e juras de amor...
Com muita ansiedade, ela
esperava o carteiro. E ele vinha, e logo dava uma conversazinha...Tornou-se um
hábito do carteiro, sempre cumprimentar Rosinha e conversar um pouco com ela,
mesmo que não houvesse carta para lhe entregar. Aprendeu a admirar aquela moça
bonita, ávida por uma carta do seu namorado.
Depois de algum tempo, a
frequência das cartas diminuiu. A inquietação
da moça era tanta, que, no começo, o carteiro a tranquilizava, inventando
alguma justificativa para o atraso das cartas. Falava em greves
inexistentes e supostos extravios de
correspondência. Mas cansou de mentir...
A moça passou a escrever
mais para o namorado, do que ele para ela.
E as cartas que ela lhe remetia eram cheias de saudade e de esperança de
que logo estivessem casados.
Quantas surpresas o destino traz
por esse mundo inteiro...
Final da história:
Rosinha esqueceu-se do rapaz
e terminou se casando com o carteiro.
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