sexta-feira, 4 de julho de 2014

DALINHA

ROSA SEM CRAVO

Dalinha


Nasce livre morre escravo,
Quem perdeu a direção.
Sou uma rosa sem cravo.
Não nasci pra ter patrão.
*
Não nasci pra ter patrão.
Não nasci pra ter coleira.
Pois nasci lá no sertão
Tenho alma caatingueira.
*
Tenho alma caantigueira.
E fibra de nordestina
O sol quente na moleira
Não mudou a minha sina.
*
Não mudou a minha sina,
Ensinou-me ser valente,
Sou assim desde menina
Se puder me agüente!
*
Se puder me agüente!
Ou fuja desta peleja.
Não quero ser diferente.
Mas sou forte sertaneja!
*
Mas sou forte Sertaneja!
Que não dispensa paixão.
Quem a minha boca beija,
Ganha o meu coração!







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