IMAGINAÇÃO
Numa
atitude de coragem,
atirei
no presidente
(na
vitrola, Bob Marley
atirava
no xerife).
Neste
sangrento cenário,
entre
heróis e patifes,
as
balas do imaginário
alimentavam
meu rifle.
Como
você mesmo sabe,
não
sou malandro malvado
e,
como Kid Morengueira,
hoje
estou regenerado.
Porém,
se a autoridade
declina
do seu papel
de
acabar com a impunidade,
mando-lhe
pro beleléu.
E
não tenho piedade
dessa
gente sem moral
pois
o povo brasileiro
merece
um grande final.
Acordei
sobressaltado,
findando
a revolução
pois
o combate travado
fora
na imaginação.
(Recife,
1995)
CLÓVIS CAMPÊLO |
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