RENAN CALHEIROS/Agência Senado |
Os números a seguir estão publicados no Estadão de hoje, em reportagem
de Ricardo Brito e Fábio Fabrini. Eles falam por si. E nos dão conta do bordel em
que o Senado foi transformado por picaretas que dizem nos representar.
Aquela casa de viração conta com 81
senadores, alguns poucos, raros, da mais alta qualidade. Nada menos que 3.241 funcionários comissionados (não
concursados) e 2.991 efetivos (concursados)
estão à disposição dos achacadores do dinheiro público, eleitos por nós. Na média, cada
senador dispõe de 77 funcionários. Nessa
conta não entram os cerca de 2.000
trabalhadores terceirizados.
Sem contar os terceirizados, o Senado – a mais perdulária das casas de
viração do país – gasta anualmente R$ 3
bilhões com a folha de pagamentos. Há dez
anos, o gasto era de pouco mais de R$ 1
bilhão. Em valores corrigidos monetariamente, a despesa atual seria de R$ 1,83 bilhão.
Nos últimos dez anos, o Senado foi presidido por José Sarney (três
vezes), Renan Calheiros (duas vezes e meia, porque foi obrigado a renunciar à Presidência para não ser cassado), Tião Viana e Garibaldi Alves. Dois deles,
ao menos, são o que se pode chamar de cidadãos abaixo de qualquer suspeita:
Sarney e Renan. Não pode ser obra do acaso que se tenham transformado em
aliados preferenciais de Lula, PT e Dilma. Ou seja: o que há dez anos já não
era grande coisa ficou infinitamente pior.
Como os exemplos vêm de cima e os piores fazem escola, o que ali se
faz é reproduzido, em menor ou maior escala, sem qualquer cerimônia, em praticamente
todas as casas legislativas deste Brasil indolente.
Que bosta!
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