sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

MINICRÔNICAS

FILHOS DA MÃE

Noite fria de julho, quase meia-noite. E lá vai ela coar café para os três rebentos adultos, dois deles já formados, pós-graduados e concursados, caminho que a caçula segue com idêntica raça. As “crianças” vão estudar de madrugada – os dois mais velhos, para concurso de juiz; a pequena, para a prova da OAB. Enquanto o café não sai, os três irmãos brincam, riem, trocam informações, contam causos, fazem carinho no cachorro ancião, que depois de velho acata a ordem para sentar – desde que, evidentemente, ganhe, em troca, uma guloseima. Café coado, beijos trocados, ela põe a cabeça no travesseiro. Segundos depois, dorme profundamente seu sono Sabiá. (inverno de 2013)

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BOCA DE SIRI

A esta altura, qualquer palavra pode ser a gota da água. Portanto, psiu!

NA PIOR IDADE

Aqueles gemidos lancinantes não são de prazer, não.
São de dores: nas costas, rins, braços e pernas.

QUE TEMPOS, QUE TEMPOS....

Meninas assanhadas, homens sem fome.





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