À HORA DA ESTRELA
Encontro-me
comigo
À
hora da estrela.
E
um sem número de verdades
Desfilam
diante de um eu atônito.
Deparo-me
com minha geografia
Cada
pedaço de mim tem uma história,
Cada
expressão tem algo a dizer,
Cada
ruga do rosto tem um fato a contar...
Encontro-me
com meus fantasmas
À
hora da estrela.
E
um sem-número de vultos
Desfilam
diante de um eu nostálgico.
Deparo-me
com rostos amados,
E
também com faces que prefiro esquecer.
Vultos,
sombras desconhecidas...
Rostos
que amo, que amei,
Por
alguns muito chorei...
Desfilam
diante de mim
Em
uma cornucópia de lembranças de vida.
Encontro-me
com meus sonhos
À
hora da estrela...
E
um sem-número de emoções
Assalta-me
o peito...
Tanta
coisa que sonho, que sonhei...
Projetos
que idealizei, realizei,
Sonhos
que ficaram pela estrada...
Talvez
um dia, talvez mais tarde, talvez nunca...
Encontro-me
com o tempo
À
hora da estrela.
E
o tempo zomba de mim
Porque
passo por ele desfiando
A
minha efemeridade,
Diante
da sua eternidade
Eu
rio também do tempo,
Pois
as minhas rugas e cicatrizes,
Falam
de histórias de vida,
Tristes
ou felizes.
Eu
conto ao tempo que muito vivi,
Que
muito ri e chorei,
Que
a muitos eu amo e amei.
Ele
fica sozinho na eternidade
E
eu caminho seguindo
E,
por onde passo, deixo
Inesquecíveis
lembranças
Da
minha suave efemeridade.
16/12/2015
Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica..
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
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