segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O CANTO DE VÓLIA


À HORA DA ESTRELA

Encontro-me comigo
À hora da estrela.
E um sem número de verdades
Desfilam diante de um eu atônito.

Deparo-me com minha geografia
Cada pedaço de mim tem uma história,
Cada expressão tem algo a dizer,
Cada ruga do rosto tem um fato a contar...

Encontro-me com meus fantasmas
À hora da estrela.
E um sem-número de vultos
Desfilam diante de um eu nostálgico.

Deparo-me com rostos amados,
E também com faces que prefiro esquecer.
Vultos, sombras desconhecidas...
Rostos que amo, que amei,
Por alguns muito chorei...
Desfilam diante de mim
Em uma cornucópia de lembranças de vida.

Encontro-me com meus sonhos
À hora da estrela...
E um sem-número de emoções
Assalta-me o peito...

Tanta coisa que sonho, que sonhei...
Projetos que idealizei, realizei,
Sonhos que ficaram pela estrada...
Talvez um dia, talvez mais tarde, talvez nunca...

Encontro-me com o tempo
À hora da estrela.
E o tempo zomba de mim
Porque passo por ele desfiando
A minha efemeridade,      
Diante da sua eternidade

Eu rio também do tempo,
Pois as minhas rugas e cicatrizes,
Falam de histórias de vida,
Tristes ou felizes.

Eu conto ao tempo que muito vivi,
Que muito ri e chorei,
Que a muitos eu amo e amei.
Ele fica sozinho na eternidade
E eu caminho seguindo

Com meus sonhos e saudades
E, por onde passo, deixo
Inesquecíveis lembranças
Da minha suave efemeridade.

16/12/2015

Vólia Loureiro do Amaral Lima é paraibana,
 engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.. 
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia) 
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance). 

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