ESPELHO, ESPELHO MEU
Sozinha e tão sombria vem a noite,
sem o brilho da lua e das estrelas,
quedo-me triste ao pensar não vê-las
testemunhar o meu anseio ardente,
de reviver uma antiga paixão,
embora tarde, e o espelho meu,
que junto a mim também envelheceu,
recusa-se a viver na ilusão.
Espelho, espelho meu, tal qual o tempo,
não encoberta as marcas da existência,
e não reflete o coração que acalma
irrealizada exaltação do corpo,
cujo destino é libertar a essência:
o princípio vital e a eterna alma
Glória Braga Horta nasceu em
Mutum-MG. É jornalista, poeta
e cronista. Dedica-se também
à música popular (canto e teclado)
e às artes plásticas
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