De Noel Rosa
Na interpretação de Paulinho da Viola
O
mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando
sempre mal do meu nome
Deixando
de saber se eu vou morrer de sede
Ou
se vou morrer de fome
Mas
a filosofia hoje me auxilia
A
viver indiferente assim
Nesta
prontidão sem fim
Vou
fingindo que sou rico
Pra
ninguém zombar de mim
Não
me incomodo que você me diga
Que
a sociedade é minha inimiga
Pois
cantando neste mundo
Vivo
escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto
a você da aristocracia
Que
tem dinheiro, mas não compra alegria
Há
de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que
cultiva hipocrisia
PALPITE INFELIZ
De Noel Rosa
Quem
é você que não sabe o que diz?
Meu
Deus do Céu, que palpite infeliz!
Salve
Estácio, Salgueiro, Mangueira,
Oswaldo
Cruz e Matriz
Que
sempre souberam muito bem
Que
a Vila Não quer abafar ninguém,
Só
quer mostrar que faz samba também
Fazer
poema lá na Vila é um brinquedo
Ao
som do samba dança até o arvoredo
Eu
já chamei você pra ver
Você
não viu porque não quis
Quem
é você que não sabe o que diz?
A
Vila é uma cidade independente
Que
tira samba mas não quer tirar patente
Pra
que ligar a quem não sabe
Aonde
tem o seu nariz?
Quem
é você que não sabe o que diz?
Entre
os anos de 1930 a 1937, Noel compôs mais de 300 músicas, entre sambas,
marchinhas e canções. Entre sua músicas destacam-se, "Com que roupa",
seu primeiro sucesso, "Conversa de botequim", "Feitiço da
Vila" e "Fita Amarela". Entre os interpretes de seus sambas
destacavam-se Aracy de Almeida, Francisco Alves e Mario Reis. Mestres da Música
Popular Brasileira como Chico Buarque de Holanda e Paulinho da Viola, fazem
questão de realçar a influência que Noel Rosa teve em suas músicas. Fonte:
www.e-biografias.net
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