terça-feira, 30 de setembro de 2014

CLÓVIS CAMPÊLO



POEMA DA PEDRA CÓSMICA

Doce como um cordeiro,
livre como um falcão.
Tecendo a sua vida
como a aranha
tece a sua teia.

Tranquilamente só
que a vida é solidão,
muito mais do que a morte.

Simplesmente zen
que o equilíbrio
é movimento
alimentado pelo tempo
que a tudo transforma.

Firme como uma rocha
a enfrentar tempestades;
inteira, mas dividida
em duas metades.

Pedra cósmica,
sólido equilíbrio
a cavalgar o tempo,
atravessando a vida.

Pedra cósmica,
miragem na linha do horizonte,
a dividir o que é
do que será.

Recife, 1992


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