quinta-feira, 7 de novembro de 2013

UM SENADO DE MERDA

RENAN CALHEIROS/Agência Senado
Os números a seguir estão publicados no Estadão de hoje, em reportagem de Ricardo Brito e Fábio Fabrini. Eles falam por si. E nos dão conta do bordel em que o Senado foi transformado por picaretas que dizem nos representar.

Aquela casa de viração conta com 81 senadores, alguns poucos, raros, da mais alta qualidade. Nada menos que 3.241 funcionários comissionados (não concursados) e 2.991 efetivos (concursados) estão à disposição dos achacadores do dinheiro público, eleitos por nós.  Na média, cada senador dispõe de 77 funcionários. Nessa conta não entram os cerca de 2.000 trabalhadores terceirizados.

Sem contar os terceirizados, o Senado – a mais perdulária das casas de viração do país – gasta anualmente R$ 3 bilhões com a folha de pagamentos. Há dez anos, o gasto era de pouco mais de R$ 1 bilhão. Em valores corrigidos monetariamente, a despesa atual seria de R$ 1,83 bilhão.

Nos últimos dez anos, o Senado foi presidido por José Sarney (três vezes), Renan Calheiros (duas vezes e meia, porque foi obrigado a renunciar à Presidência para não ser cassado), Tião Viana e Garibaldi Alves. Dois deles, ao menos, são o que se pode chamar de cidadãos abaixo de qualquer suspeita: Sarney e Renan. Não pode ser obra do acaso que se tenham transformado em aliados preferenciais de Lula, PT e Dilma. Ou seja: o que há dez anos já não era grande coisa ficou infinitamente pior.

Como os exemplos vêm de cima e os piores fazem escola, o que ali se faz é reproduzido, em menor ou maior escala, sem qualquer cerimônia, em praticamente todas as casas legislativas deste Brasil indolente.


Que bosta!  

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