NÃO VOU DEIXAR CAIR!

(POR BRUNO NEGROMONTE) Escrever em espaço tão nobre, ao lado de uma pessoa que eu aprendi a admirar à distância, me deixa muito envaidecido. Lisonja é algo simplório, se por ventura eu tentar adjetivar o que sinto ao poder dividir este espaço virtual ao lado do querido Orlando. 

Nossos caminhos cruzaram-se por intermédio de outras veredas literárias e por que não dizer por afinidades musicais. Fui apresentado aos textos do Orlando através do Jornal da Besta Fubana, espaço não menos garboso que este e que dividimos às quintas-feiras o mesmo espaço, Orlando com a deliciosa coluna “Só nós três é que sabemos” e eu com uma coluna musical intitulada “Prosódia musical”.  Os textos bem escritos e a facilidade de articulação faz prender o leitor de maneira ímpar e isso pra mim já basta para tornar-me fã do modo de escrever deste jornalista que hoje posso, mesmo de modo condicional devido à toda distância, chamar de amigo. É mais ou menos como diria o velho poetinha centenário: “Amigos a gente não faz, reconhece-os...”.

Esse breve retrospecto de como eu conheci Orlando Silveira, editor-chefe deste espaço, vem a ser, de certo modo, a minha carta de apresentação àqueles que acompanham o zeloso trabalho desenvolvido por Orlando por onde já passou e por todos os lugares onde passa como profissional. Me encontrar hoje diante da tarefa de apresentar semanalmente notícias acerca do meio musical em nada me faz encarar como fardo, pelo contrário me estimula a manter aguçada a minha curiosidade diante desse novo honroso desafio.

A você, amigo leitor, resta-me apresentar este novo espaço sintetizando o que procurarei trazer semanalmente para todos: Arte. Serão pautas tendo a música como temática, mas isso não impede que haja a possibilidade do espaço abrigar, em dado momento, outras expressões artísticas. Principalmente aquela que vive à margem da mídia e que não pode ecoar de modo mais constante, e que por muitas vezes deixa-se sufocar por outras expressões ditas culturais, mas que infelizmente acabamos não sabendo quais os parâmetros para tal afirmação.

Não estranhe se de repente ao visitar essa coluna e deparar-se com um (a) artista com o qual você nem na mais remota possibilidade tenha ouvido falar. A intenção é esta mesmo. É trazer ao conhecimento do público aqueles que fazem arte, mas que acabam margeados por não atingirem o horário nobre dos canais de televisão em suas telenovelas ou programas dominicais. Na medida em que venhamos a ter mais contato, vocês terão a oportunidade de delinear o verdadeiro mapa do tesouro, que, neste caso, é o musical.

Obrigado, Orlando, por esta oportunidade. Obrigado, Jorge Macedo, por ter se tornado o elo fundamental para que tudo isso viesse a acontecer do modo como hoje se delineia. E obrigado principalmente a você, amigo leitor, que teve a devida paciência para que chegasse até esta linha. Torço para que, daqui para frente, você não venha a se arrepender. É por isso que eu escolhi um dos bordões do saudoso Wilson Simonal para batizar este nosso primeiro contato. Evoé!

BRUNO NEGROMONTE é o responsável pelo blog REVISTARIA BRASIL:

http://www.musicariabrasil.blogspot.com.br/