sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PIERINA & ARGEMIRO

Pelo andar da carruagem não tinham pressa nenhuma. 

Faziam bem, muito bem. Pressa de quê, pressa para quê, em idades avançadas daquelas? Um selinho, se tanto – e tanto pra quê? –, lhes faria bem danado. Acho eu. Mas achar vale nada.

Filhos, netos e bisnetos se opuseram à aproximação. 

Todos de olho na fortuna inexistente. Todos preocupados com o trabalho, dobrado, à vista.

PIERINA se foi, aos 90. ARGEMIRO, aos 92.

Jamais “ficaram”.

Juntos, aos 30, 32, fariam sucesso. Sem dúvida.

Paciência.


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