FOTO: ARQUIVO GOOGLE |
PÉ NA ESTRADA
Naquele dia, sem mais nem por que, talvez por puro cansaço, ele retomou
o rumo inesperado: desistiu de desistir.
AUTOENGANO
A gente (quase) sempre sabe, mas finge que não. Depois reclama
do preço.
TRISTE FIGURA
Tantas ele fez, que o velho personagem se mandou. Restou a
lamentação.
FEITO BANDIDO
A polícia não pede licença para disparar bala perdida.
SEM PLANO B
A partida nem sempre é a melhor saída. Mas, às vezes, é a única.
NET WORK
Não tinha tempo para mesuras. Salamaleques? Nem pensar. Um
burro. Hoje, paga o preço. Trabalhar muito, ainda que bem, vale pouco.
SINA
Caminhou, tropeçou, bebeu demais, trançou as pernas, mas nunca
deixou de trabalhar. Chegou à Pasárgada. Mas o rei, seu amigo imaginário, fora
deposto. Paciência. Hora de ir para Maracangalha. Anália, cansada dos
descaminhos dele, não foi junto, não. Foi só.
HUMANOS
Não somos ruins. Somos medíocres, predadores. Será sina? Não
sei. Arte é que não é.
NO MUNDO DA
LUA
Não foi, olhou e não viu, não sofreu. Nunca soube o que perdeu.
PLEASE
Se a felicidade não existe – e ela não existe mesmo –, me deixem
gozar sem culpa.
CERTEZAS
Em geral, estão mais para ignorância e preconceito que para
sabedoria.
***
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Tenho levado altos papos com
Dudu, meu neto,
minha razão de viver.
Salvo engano, ele será poeta.
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