AVENTURAS NÁUTICAS
DE UM BARQUINHO
POETA
Eu era barco ancorado
Até que na surpresa de um dia,
Um vento leve me tragou
Daquele porto seguro,
E eu segui ao seu sabor.
Deixe-me levar a barlavento,
E seguiria assim,
Perseguindo as belas auroras,
Dançando com as gaivotas.
Mas, eis que ouço o grito do Albatroz:
Tempestade à vista!
E eu, pequeno barquinho,
Fui tragado por um vento feroz,
Que quase me põe a pique...
Foram dias de tormenta,
Eu lutava bravamente para manter-me
Em condição de flutuar.
Tantas vezes adernei,
Rodopiei sem rumo.
Quase a naufragar.
Por fim, o mar se fez calmo...
Eu timidamente me aprumei,
E soprava uma brisa macia,
Sussurrando para mim:
Vem poeta! Vem de novo navegar!
E o céu era de um azul tão infinito,
Céu de turmalina a me conquistar.
Eu então vou navegar,
Ainda com algumas avarias,
Mas de espírito liberto.
Vou sem planos,
Apenas deixando-me levar,
Pela doçura de algum céu azul.
Que me leve novamente a sonhar.
(Vólia Loureiro - 03/11/2016)
***
Vólia Loureiro do Amaral Lima é
engenheira civil, poetisa, romancista e artista plástica.
Autora das obras Aos Que Ainda Sonham (Poesia)
e Onde As Paralelas Se Encontram (Romance).
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