1986. Vereadores paulistanos pediam – e obtinham! –
licença “por motivos de saúde” com uma facilidade impressionante. Em seus
lugares, assumiam os suplentes, ávidos por apresentar projetos e discursos
inócuos. Os titulares continuavam ganhando normalmente seus salários. Os
suplentes também, muito embora alguns tivessem que dividir a grana com os
primeiros. A conta, evidentemente, era paga por todos nós. Em julho, em pleno
recesso, muitos se licenciaram e foram assistir aos jogos da Copa do Mundo no
México. Até então não se sabia que o sol escaldante de Guadalajara e as emoções
que uma competição dessas provoca faziam tão bem à saúde. Não há reforma
política que dê jeito na falta de caráter. (julho/2013)
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