quinta-feira, 10 de maio de 2018

QUASE HISTÓRIAS: O TOMADOR DE DINHEIRO

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Sempre foi um sujeito da pior espécie. Fazia jus à fama que, desde sempre, sua categoria profissional desfruta. Advogado medíocre, foi vereador e mais tarde conselheiro do Tribunal de Contas de uma grande capital brasileira. Um larápio bem-sucedido. 



Certa feita, apresentou projeto de lei que obrigava os supermercados de médio e grande portes a dispor de um determinado número de vagas para automóveis e a contratar seguro para cobrir eventuais danos causados aos veículos da clientela. A iniciativa lhe rendeu espaços generosos em jornais, rádios e sites informativos. Colheu muitos elogios aqui e acolá. 




O projeto passou por todas as comissões temáticas da Câmara. Quando estava pronto para ser votado em plenário, o autor tomou a decisão de pedir seu arquivamento. Ninguém entendeu nada. 




Um funcionário do parlamentar – misto de assessor de imprensa e bobo da corte –, no entanto, tinha uma justificativa para tal recuo na ponta de língua:




- Meu vereador é muito esperto. Ele apresentou o projeto a pedido das empresas de seguro. Depois, pediu seu arquivamento por pressão dos donos de supermercados. Levou dinheiro dos dois lados. Hehehe. O cara é fera. 


Por Orlando Silveira
Maio de 2018

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