quarta-feira, 19 de novembro de 2014

EX-AMIGOS


 Dois jovens universitários, amigos de fé, quase camaradas, amigos de muitas baladas (quase Roberto e Erasmo) etc., bêbados:

-- Toda Deolinda é puta, não conheço uma que não seja.

-- Tem certeza?

-- Absoluta.

-- Sabe qual é o nome de minha mãe?

-- Não.

-- Deolinda.

O pau comeu. 

Os dois não rolaram na cama, como diz a música: trocaram socos, rolaram no asfalto, lamberam a água da sarjeta, levaram hematomas para casa.

Nunca mais se falaram.

Por via das dúvidas, o filho ofendido, ainda sob o efeito do álcool, perguntou à genitora:

-- Mãe, você jura que não é puta?

Tomou duas sovas: uma da mãe, outra do pai.

E o irmão mais velho o jurou de morte.



2 comentários:

  1. Coitado do filho de Deolinda...A culpa foi da cachaça...rsrsrs
    Parabéns pela ótima crônica, Orlando Silveira! Um abraço.

    Violante Pimentel

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    1. Obrigado, Violante. É sempre um baita prazer tê-la por aqui.

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