segunda-feira, 28 de julho de 2014

RAMERRÃO

dnarubronegro.com.br

O debate político no Brasil está interditado. Há tempos. O que temos são discussões – melhor dizendo, bate-bocas –, cuja mediocridade foi elevada à enésima potência. Não vamos além do “a favor” ou “contra”. Não discutimos, com seriedade, projetos para o país. O Congresso Nacional – e isso vale para as demais casas legislativas – virou um bordel da “mãe Joana”, ponto de encontro de negocistas da pior espécie.

Oposicionistas acusam o governo federal de incompetente e corrupto. Governistas não deixam por menos: apontam corrupção e incompetência nos governos municipais e estaduais sob o comando dos oposicionistas. A tentação de acreditar que ambos têm razão é enorme. As maiorias legislativas não são construídas nem mantidas em cima de propostas programáticas. O que as sustentam é o adesismo interesseiro, corrupto.

O distinto público – ao menos aquela parcela que ainda tem preferência (ou ojeriza) por partidos – entra no clima de FLA-FLU: só vê defeitos nos do lado “de lá” e faz vistas grossas para os erros do lado “de cá”. A maioria, que não acredita em mais ninguém, já bateu o martelo: “São todos farinha do mesmo saco”.

E o país segue nessa vidinha besta, numa rotina tola, sem crítica nem reflexão.


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