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LULA É O PERSEGUIDO
POLÍTICO
MAIS RICO DO MUNDO
Os advogados do ex-presidente esqueceram que Moro
também exigira a devolução do dinheiro tungado
Por Augusto Nunes
24/07/2017
Abalados com os nove anos e seis
meses de prisão que transformaram o cliente no primeiro presidente brasileiro
condenado por atropelamento do Código Penal, os bacharéis do Instituto Lula
parecem ter esquecido o restante da sentença: o juiz Sergio Moro também decidiu
que o réu teria de devolver R$ 10
milhões tungados da Petrobras. Na quarta-feira, os distraídos doutores se
dedicaram exclusivamente ao recomeço da versão petista da Ópera do Malandro,
cujo enredo tenta transformar em perseguido político um condenado por corrupção
e lavagem de dinheiro.
Só se deram conta do equívoco com
o início do bloqueio de bens do ex-presidente. Além de três apartamentos, um
terreno e dois automóveis, foram recolhidos R$ 600 mil que dormiam em quatro contas bancárias. A quantia é
superior aos R$ 500 mil que Olavo
Setúbal, dono do Itaú, costumava deixar em sua conta pessoal. No quesito conta
corrente, Lula ganhou do maior banqueiro do país.
Na quinta-feira, enquanto uma
plateia de Série C assistia a outra missa negra na Avenida Paulista, em louvor
do direito de ir e vir do supremo sacerdote da seita, Moro ampliou a
contra-ofensiva. O Brasil ficou sabendo que Lula resolveu preocupar-se com a
aposentadoria em 2014, quando se aproximava dos 70 anos, e aplicou R$ 9 milhões em dois planos de
previdência privada, um deles em nome da empresa que cuida das discurseiras
fantasiadas de palestras. (Ou cuidava: os convites sumiram assim que apareceu a
Lava Jato).
Com apenas dois lances de
enxadrista, Sergio Moro deixou claro que o presidente que passava o tempo todo
pensando nos pobres era a camuflagem do camelô de empreiteira que só pensava em
virar milionário. Virou. É o perseguido político mais rico do mundo.
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