O GOVERNADOR
MONTORO E A MEMÓRIA
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(Por
Joaquim Macedo Júnior) O aeroporto internacional de São Paulo
(Guarulhos) foi inaugurado oficialmente em 20 de janeiro de 1985. Até a entrega,
abertura de suas primeiras alas de Cumbica, houve, como é de hábito, a visita de
autoridades por dezenas de vezes as obras de construção.
Numa delas, cerca de duas
dezenas de jornalistas para mais uma visita de inspeção ao aeroporto. Desta vez
no meio – na parte central – da atual pista principal. Importante informar que
nosso governador Franco Montoro, embora com idade ainda pelos 70, 70 e poucos
anos, por um tempo começou a sofrer de lapsos de memória, o que muitas vezes
causava risos dos convivas.
Neste encontro, duas
comitivas: uma acompanhando o ministro da Aeronáutica, Délio Jardim de Mattos;
a outra, seguindo o governador. Cada uma saindo de uma das extremidades da
pista – formaram dois pelotões, que se encontrariam no meio da pista.
Nosso governador alegre, com
sua fala eloqüente e demonstrando a autoridade de um executivo eleito pelo voto
direto (ainda na ditadura), abriu efusivamente os braços e cumprimentou com
firmeza o brigadeiro: “Como vai meu querido Délio Jardim do Nascimento, grande
ministro da Aviação”.
Não sei se é necessário
dizer que ‘explodiu’ uma gargalhada abafada e contida entre os participantes
das duas delegações, a começar pelo brigadeiro.
Depois, Montoro, melhorou,
mas passou uma fase de seu mandato trocando nomes, siglas e outras informações.
Embora insistam em chamar
nosso grande aeroporto de Cumbica (nuvem baixa), ou de Guarulhos, município da
Grande São Paulo que o abriga, o governador não ficou de hora. Desde 2001, o
maior aeroporto do país tem o nome de André Franco Montoro, que vez por outra
nos fazia rir.
Grande Montoro.
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