À MINHA MÃE
Minha
mãe estou distante,
Mas
em mim nada mudou.
Conservo
em meu coração
Lembranças
do que passou.
Do
lado esquerdo do peito
Guardo
carinho e respeito
Que
você, mãe, conquistou.
***
Lembro-me
com saudades
Daquele
bom tempo antigo.
Menina
astuta e levada
Você
brigando comigo.
Quantas
surras eu levava,
E
novamente aprontava
Pois
não temia castigo.
***
É
que no fundo eu sabia,
Tinha
sua proteção.
Os
castigos e as surras
Vinham
como correção
Em
cima desta menina
Que
mesmo sendo traquina,
Tinha
um bom coração.
***
Saudades
eu sinto muitas,
Ás
vezes fico perdida.
Tentando
em vão imitar
Sabor
de sua comida.
E
daquela comidinha...
Nunca
mais sua Dalinha
Vai
esquecer nessa vida.
***
Você
passou dos noventa
Porém
briga pela vida.
Seus
ombros estão arreados,
Anda
um bocado esquecida,
Mas
faz seus versos e canta,
E
por tudo isso me encanta,
Minha
velhinha querida.
***
Hoje
também eu sou mãe,
E
quantas obrigações...
Somente
agora eu entendo
As
suas preocupações.
Pelos
filhos que pari
Já
chorei também sorri
Em
tempos de emoções.
Dalinha Catunda |
Nenhum comentário:
Postar um comentário