SEMPRE MAINHA
Mainha tinha olhos de ver além,
enxergava belezura nas meninas
de seus olhos.
Somente para seus olhos...
Mainha perdia tempo lendo
as poesias nas paredes
escritas com carvão.
_Essa vai ser artista!
_Já essa é do feitio de casar.
Deixa estar que, se depender,
que se puder, dou pitaco no
destino, rabo de arraia no
azar.
Filha minha não há de sofrer!
Filha minha há de brilhar.
Ô mainha...se eu pudesse
daria rabo de arraia era na
morte!
Ô! Saudade...nossa eterna
sorte.
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